Florbela Espanca foi uma poetisa portuguesa, muito feminista para sua época, nasceu a oito de dezembro de 1894 e faleceu dia 8 de dezembro de 1930, no dia de seu aniversário.
Florbela Espanca escreveu seus versos e contos, com muita sensibilidade, sempre com muita dor, sofrimento e um pouco de mistério.
Eu adoro seus poemas!
Fanatismo– Florbela Espanca
Retirado do “Livro Sóror de Saudade”
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver,
pois que tu és já toda minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida…
Passo no mundo, meu amor, a ler,
No misterioso livro do teu ser
A mesma história, tantas vezes lida!…
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa…”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina, fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros
Ah! podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como um Deus: princípio e fim!…”
Assista Fanatismo, cantado por Fagner e Zeca Baleiro